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Confaeab completa 93 anos de defesa da Agronomia
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Agricultura, Agroindústria, Agronegócio, Agronomia, Agropecuária e Associações: esses seis “A”s compõem a logomarca da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), que completa 93 anos nesta data. A entidade recebeu esse nome em 1999, mas é resultado de uma jornada que se iniciou em 11 de agosto de 1927, com a criação da Sociedade Brasileira de Agronomia (SBA), no Rio de Janeiro (RJ).

Com 27 federações e associações estaduais e do Distrito Federal filiadas, a confederação ligada ao Sistema Confea/Crea congrega e representa engenheiros agrônomos. Trabalha pelo aprimoramento do conhecimento social e técnico dos profissionais, com atuação livre tanto no âmbito da categoria quanto no meio político, como explica o presidente Kleber Santos. “Da década de 1930 até hoje, o cenário da Agronomia brasileira evoluiu expressivamente e a Confaeab acompanhou a evolução do processo democrático, participando por exemplo da discussão sobre valorização dos profissionais”, observa o engenheiro agrônomo que está à frente da entidade, ao lado do também eng. agr. Raul Zucatto no período 2019-2021.

Kleber pontua ainda que a evolução tecnológica do cultivo de alimentos no país coincide com a história da entidade. “O Brasil passou de importador para exportador de produtos agrícolas, levando comida para a mesa do brasileiro e também para outros países, e nessa linha a Confaeab tem participado dos grandes temas relacionados, como segurança alimentar e nutricional, conservação do solo e da água, sustentabilidade na agropecuária e regulação do uso de agrotóxicos”, comenta.

Atenta às demandas da profissão e, mais especificamente da sociedade, durante a atual crise sanitária, a Confaeab tem se posicionado de modo a resguardar os interesses, direitos e prerrogativas dos engenheiros agrônomos, com atenção ao relevante papel dos profissionais na humanidade. Também tem encaminhado soluções de problemas agronômicos e sociais de interesses estadual, regional e nacional, além de promover o intercâmbio entre as filiadas e entidades estrangeiras.

Confira as pautas em que a Confaeab tem atuado durante a pandemia:

  • Confaeab irá propor Política Nacional de Conservação do Solo e Água
  • Controle de gafanhotos exige receituário agronômico, alerta Confaeab
  • Responsabilidade técnica exige formação, defendem líderes da Agronomia
  • Confaeab se manifesta acerca de consulta pública sobre uso de drones na agropecuária
  • Cartilhas do Mapa e da Confaeab orientam trabalhadores do campo

Histórico

Antes mesmo do movimento de 1930 – que lançou as bases do sindicalismo único por profissão no Brasil – professores e funcionários do Ministério da Agricultura fundaram a Sociedade Brasileira de Agronomia (SBA) para promover a criação de associações de lavradores, e colocá-los em contato direto com agricultores, a fim de aperfeiçoar a produção rural. Para alcançar o objetivo, a sociedade se firmou como porta-voz da categoria, por meio da expansão nacional de suas bases e da pressão política – em matéria de agricultura – junto ao Estado.

Seis anos depois da fundação da sociedade, no dia 12 de outubro de 1933, o presidente Getúlio Vargas assinou o decreto que regulamentou a profissão de agrônomo. Em 1935, a SBA promoveu, em Piracicaba, o primeiro Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), que em outubro de 2021 chegará a 32ª edição.

Entre as décadas de 1930 e 1960, as prioridades da sociedade foram a defesa sanitária vegetal, a propaganda sobre a utilização de fertilizantes e o incentivo à produção de novos tipos de fibras vegetais. À época, a SBA atuava em sintonia com o Ministério da Agricultura, cujas políticas destinaram-se, justamente, à diversificação agrícola nacional, mediante o fomento à produção de novos itens exportáveis de valor comercial, como fibras, oleaginosos e matérias-primas para indústrias de tintas e corantes.

Em 1963, a Sociedade Brasileira de Agronomia foi promovida a federação (Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil), que, posteriormente, em 1999, ganhou o status de confederação. Para valorizar os profissionais da Agronomia, atualmente a Confaeab estimula a criação de bolsas de estudo e a produção de literatura técnica; encaminha propostas ao poder público sobre questões agronômicas e sociais; e promove, bienalmente, o Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA).

Fonte: confea.org.br