Customise Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorised as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Performance cookies are used to understand and analyse the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customised advertisements based on the pages you visited previously and to analyse the effectiveness of the ad campaigns.

Notícias

A tecnologia como aliada do agronegócio

O Fórum de Políticas Públicas do Crea-SP realizado em Mogi Mirim, na segunda-feira (1º/07), debateu a importância do investimento em tecnologias que resultam em soluções efetivas para o agronegócio. Entre especialistas convidados, profissionais da área tecnológica e gestores públicos, também foram abordados temas como: pesquisa, avanços na Agronomia, indústria e economia com foco no desenvolvimento de políticas públicas.

“A ideia de ser uma série itinerante que percorre o Estado é para colocar os profissionais no centro das discussões técnicas com o poder público, debater os problemas e auxiliar na solução deles. E, para isso, os profissionais são fundamentais, pois têm essa expertise para fazer bons projetos que resultarão na melhoria da cultura e na qualidade de vida da população”, declarou a presidente do Conselho, Eng. Lígia Mackey, na abertura do encontro.

Já o presidente do Confea, Eng. Vinicius Marchese, iniciou a mediação do primeiro painel explicando a relevância do evento e a expressividade do agronegócio para a região. “O objetivo principal é entender como podemos tornar o Crea-SP uma ferramenta de solução para as demandas da sociedade e gerar valor para os profissionais. Mogi Mirim possui uma grande produção agropecuária. Nossa safra de cana-de-açúcar, por exemplo, bateu a marca de 3,6 milhões de toneladas em 2023. O Fórum acontecer aqui ajuda a valorizar mais o setor”, disse.

A fim de entender melhor como os avanços podem impactar a cadeia, o debate enfatizou que 85% dos produtores paulistas são de pequeno porte, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). A partir disso, os painelistas convidados refletiram sobre como esses agricultores têm acesso às ferramentas e recursos que agricultores maiores e empresas de grande porte possuem.

Para o Eng. Agr. Marcos Landell, diretor do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da SAA, é importante que os profissionais atuem em conjunto com um único propósito: a evolução constante. “Isso ajuda a dar um norte para a região, para o Estado e para todo o Brasil, já que temos uma área tecnológica engajada e capacitada para trabalhar em prol da sociedade, em uma região que possui uma produção agrícola tão rica”, reconheceu.

O primeiro painel debateu também sobre como as atualizações tecnológicas ao longo dos anos contribuíram para melhorar e facilitar o trabalho dos agricultores. Um dos pontos abordados durante a fala do Eng. Eduardo Navarro, vice-presidente da Lindsay América Latina, foi a suspensão de boa parte do uso de herbicidas e pesticidas, e o processo da quarta revolução do agro, focado na irrigação para aumentar a produtividade. Outro ponto levantado, desta vez por Landell, foi a efetiva utilização de máquinas no processo de colheita. “No Brasil, a cana-de-açúcar nos trouxe o que há de mais moderno, pois passamos a ter novos processos substituindo velhos costumes, como a queima pós-colheita, como fazíamos nos anos de 1980.  Hoje preservamos o solo com o uso de defensivos mais seguros e máquinas que dão 100% de aproveitamento à safra graças à pesquisa e à tecnologia. Dessa maneira, conseguimos quadruplicar a produção sem precisar aumentar o espaço”, completou.

A fala foi endossada pelo Eng. Josemar Foresti, pesquisador nas culturas de milho e soja da Corteva Agriscience. “As empresas estão preocupadas em desenvolver materiais, soluções que não agridem o meio ambiente e que ajudam a aumentar o resultado final dos agricultores e valorizá-los”. Os participantes ressaltaram ainda que a agricultura brasileira é a mais sustentável do mundo, devido às leis do Código Florestal que obrigam os produtores a ter áreas de preservação em suas propriedades. Além disso, chamaram atenção para a importância de dialogar com a população sobre as iniciativas que estão diretamente ligadas às ações de políticas públicas, para tornar os processos ágeis e mais seguros.

Quanto à administração pública, o secretário de planejamento e desenvolvimento urbano de Mogi Guaçu, Arq. Eduardo Schmidt, destacou que é necessário elaborar um plano diretor que pense no agro, pois, a tecnologia precisa estar alinhada com questões como conectividade no campo. Ao estabelecer um paralelo com a indústria, o Eng. Leonardo Ceregatti, supervisor de treinamentos para a rede de concessionários BYD, chamou a atenção para a necessidade de criar frentes de trabalho dedicadas ao desenvolvimento de soluções tecnológicas que façam parte de um ecossistema verde. Ele citou o Programa Mover, que institui a Lei de Estímulo à Mobilidade e à Descarbonização, como um bom exemplo. “A indústria automobilística pode se aproximar do agronegócio ao fomentar biocombustíveis produzidos pela cana-de-açúcar e criar novas saídas para girar essa roda”, declarou.

A diretora do departamento de Turismo do município de Espírito Santo do Pinhal, Adm. Loriane Salvi, destacou a iniciativa do turismo rural como o principal agente de desenvolvimento tecnológico da cidade. Ela ressaltou que isso só é possível com a produção de café que abre espaço para novos tipos de cultura e criação de máquinas mais modernas e permitem um aproveitamento maior do grão. “Espírito Santo do Pinhal é a terceira região de maior produção cafeeira do Brasil, temos muitas linhas de trabalho focadas no beneficiamento e no melhoramento genético das plantas. Isso tudo vem desenvolvendo o município de maneira sustentável e equilibrada devido ao movimento gerado pelo turismo rural”, reforçou.

O mediador do painel, Eng. Thiago Ananias, comentou sobre a importância da difusão das iniciativas do poder público para ajudar no desenvolvimento e atualização tecnológica das cidades. “É muito importante saber que estamos apoiados também pela área pública. Isso torna nosso trabalho muito mais fácil de ser realizado e a maneira como impactamos a vida dos munícipes, dos produtores e até mesmo a maneira como impactamos a infraestrutura dos municípios”. O Eng. Fabio Toledo, diretor da Estiva Refratários,  complementou a fala sobre a importância de políticas públicas e acrescentou que as ações realizadas pelas empresas privadas são benéficas. “Acredito que as parcerias com o setor privado são tão proveitosas quanto as que vêm do poder público. Estamos em uma constante de desburocratização que é uma benesse para o setor ao estabelecer a integração de duas forças com uma única finalidade: o crescimento e fortalecimento do agro a partir da tecnologia”, concluiu.

 

A íntegra da edição Mogi Mirim do Fórum de Políticas Públicas está disponível no canal TVCrea-SP no YouTube.

 

Produzido pela CDI Comunicação