Notícias
Um projeto da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp e do Centro Paulista de Estudos da Transição Energética busca ampliar a eficiência de máquinas agrícolas e a inserção de pequenos agricultores nas tecnologias digitais. Os pesquisadores têm a parceria da Mahindra, multinacional indiana do setor de máquinas agrícolas que emprestou um trator com potência de 57 HPs, relata o site da Unicamp. O engenheiro mecânico Daniel Zacher realizará experimentos para avaliar o desempenho do trator e a presença de gases poluentes resultantes da queima de diferentes combustíveis, com novas alternativas de biocombustíveis. Serão testadas misturas com diferentes porcentagens de diesel de origem fóssil e de fontes renováveis. Será utilizado um novo biocombustível chamado BeVant, da empresa brasileira Be8, uma opção superior ao biodiesel e mais barato do que o óleo vegetal hidrotratado (HVO, na sigla em inglês; conhecido como diesel verde). A ideia é avaliar a concentração de gases como monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Outra etapa envolve a criação de uma Interface-Homem-Máquina (IHM) para ser instalada em tratores para melhorar a interação entre o operador e a máquina. Utilizando hardware avançado com softwares de código aberto, o sistema fornece dados em tempo real sobre consumo de combustível, rotações por minuto do motor, torque e potência. Segundo o engenheiro eletricista Fernando Finger, a aquisição e o registro dos dados operacionais ajudarão na formulação de índices que auxiliem a tomada de decisão, reduzindo paradas por quebra.
Cientistas desenvolveram uma ferramenta para identificar rapidamente microrganismos. Chamada MicrobeMASST, a rede em nuvem é gerenciada por diferentes programas e compara informações químicas de microrganismos, buscando pela identidade em banco de dados mundial de livre acesso, reporta Época Negócios. O feito envolve 15 países e 25 laboratórios diferentes, sete deles brasileiros, sendo três da USP, e reúne mais de 100 milhões de dados de quase 61 mil análises químicas microbianas. A amostragem, segundo um dos responsáveis pelos trabalhos no Brasil, o professor Norberto Peporine Lopes, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP, é referenciada em 1.300 espécies, mais de 500 gêneros e mais de 260 famílias de bactérias e gerenciada por sistemas que facilitam a rápida identificação de agentes bacterianos. A grande vantagem da ferramenta está justamente no curto período de tempo – alguns segundos – para o reconhecimento de um microrganismo, que “muitas vezes tem de ser cultivado antes de ser analisado”. Lopes ressalta a importância de identificar uma bactéria para o início do tratamento da infecção. A identificação desses microrganismos serve a diferentes setores. Da agronomia (patógenos do solo ou plantas) à arqueologia, passando pela pesquisa de regiões menos exploradas (como a Antártida), área alimentícia e forense. A MicrobeMASST é alimentada por dados de repositórios públicos. A ferramenta preenche lacunas de outros bancos de dados públicos e comerciais, que são limitados a modelos que usam o genoma e não a massa e a estrutura química.
A empresa espacial Intuitive Machines conseguiu realizar na quinta-feira (22) a alunissagem da missão IM-1 Odysseus — conhecida também como Nova-C. É o primeiro pouso americano no satélite desde o fim das missões Apollo, em 1972. Além de marcar o retorno do país à Lua, é a primeira missão comercial a realizar o feito em solo lunar, relata a Veja. O lançamento ocorreu no dia 15, a bordo de um Falcon 9, da SpaceX, a partir do Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, na Flórida. Após uma semana viajando pelo espaço, a sonda entrou na órbita lunar na quarta-feira (21). Por volta das 20h30 de quinta-feira o pousador iniciou o processo de alunissagem, nas proximidades da cratera Malapert A, próxima do polo sul. O pouso automatizado foi finalizado com sucesso às 20h38. A missão faz parte do programa CLPS (Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar, na sigla em inglês), da Nasa, que visa a popularizar as missões espaciais comerciais. A expectativa é de que projetos privados sustentem missões maiores, como a Artemis. O pousador leva seis instrumentos da Nasa que deverão capturar imagens e coletar dados do solo e das proximidades da cratera Malapert A. A sonda leva cargas de seis outras parceiras comerciais. As análises funcionarão como uma investigação prévia que dará suporte à missão Artemis, que planeja levar astronautas de volta ao satélite — incluindo o primeiro negro e a primeira mulher — nesta década. A missão M2 da Intuitive Machines planeja pousar no polo sul ainda em 2024.
Entre 3% e 5% das pessoas que fazem reservas não comparecem aos voos, segundo a KLM. A tecnologia da empresa holandesa diminui o desperdício prevendo quantos passageiros que fizeram a reserva realmente vão embarcar no voo, assim evitando a produção e o embarque de comida em excesso. A partir de 17 dias e até horas antes do voo, a inteligência artificial prevê quantas pessoas estarão presentes em cada classe da aeronave – econômica, premium comfort e executiva. Nas horas antes da decolagem, a empresa tem informações mais precisas de se as conexões dos passageiros vão chegar a tempo. Isso possibilita estimar com maior precisão o número de refeições necessárias no voo. Com essa inteligência artificial, a KLM passou a jogar fora 1,3 kg a menos de refeições em cada voo intercontinental que faz, o que representa, anualmente, o não desperdício de mais de 100 mil quilos de alimentos por ano abastecidos a partir do aeroporto Schiphol, em Amsterdã (Holanda). O modelo de IA TRAYS, lançado no final do ano passado, foi desenvolvido pela startup Kickstarter AI, informa a Época.